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Questões de Português - ENEM PPL 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão 125
2016Português

(ENEM PPL - 2016) A mulher entra no quarto do filho decidida a ter uma conversa sria. De novo, as respostas dele interpretao do texto na prova sugerem uma grande dificuldade de ler. Disperso pode ser uma resposta para parte do problema. A extenso do texto pode ser outra, mas nesta ela no vai tocar porque tambm professora e no vai lhe dar desculpas para ir mal na escola. Preguia de ler parece outra forma de lidar com a extenso do texto. Ele est, de novo, no computador, jogando. Levanta os olhos com aquele ar de quem pode jogar e conversar ao mesmo tempo. A me lhe pede que interrompa o jogo e ele pede me s um instante para salvar. Curiosa, ela olha para a tela e espanta-se com o jogo em japons. Pergunta-lhe como consegue entender o texto para jogar. Ele lhe fala de alguma coisa parecida com uma lgica de jogo e sobre algumas tentativas com os cones. Diz ainda que conhece a base da histria e que, assim, mesmo em japons, tudo faz sentido. Aquela conversa acabou sendo adiada. A me-professora, capturada por outros sentidos de leitura, no se sentia pronta naquele momento. Consciente, suspende a ao. BARRETO, R. G. Formao de professores, tecnologias e linguagens: mapeando velhos e novos (des)encontros. So Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). A reao da me-professora frente s habilidades da gerao digital contempornea reflete o desafio que se tem enfrentado de

Questão 126
2016Português

(ENEM PPL - 2016) O cartum Miopia, de Chen Fang, foi apresentado em 2011 na quarta mostra Ecocartoon, que teve como tema a educao ambiental. Seu ttulo e os elementos visuais fazem referncia ao exame oftalmolgico e a um tipo especfico de dificuldade visual. Com o uso metafrico da miopia e a explorao de caractersticas da imagem, o cartum

Questão 127
2016Português

(ENEM PPL - 2016) No Brasil, milhares de crianas e adolescentes trabalham em casas de famlia. Isso no legal. O trabalho infantil domstico encurta a infncia, prejudica a autoestima e provoca grande defasagem escolar. Desenvolvemos diversos programas sociais que protegem e do dignidade a crianas e jovens, como o PETI, PROJOVEM URBANO, PROJOVEM ADOLESCENTE E PROJOVEM TRABALHADOR, entre outros. Disponvel em: http://servicos.prt16.mpt.mpbr. Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado). A pea publicitria, em pauta, busca promover uma conscientizao social. Pela anlise dos procedimentos argumentativos utilizados pelo autor, o texto

Questão 128
2016Português

(ENEM PPL - 2016) Um cachorro cor de carvo dorme no azul etreo de uma rede de pesca enrolada sobre a grama da Praa Vinte e Um de Abril. O sol bate na frente nos degraus cinzentos da escadaria que sobe a encosta do morro at a Igreja da Matriz. A ladeira de paraleleppedos curta e ngreme ao lado da igreja passa por um galpo de barcos e por uma casa de madeira pr-moldada. Acena para a velhinha marrom que toma sol na varanda sentada numa cadeira de praia colorida. O vento nordeste salgado tumultua as rvores e as ondas. Nuvens esparramadas avanam em formao do mar para o continente como um exrcito em transe. A ladeira faz uma curva esquerda passando em frente a um predinho do sculo dezoito com paredes brancas descascadas ejanelas recm-pintadas de azul-cobalto. GALERA, D. Barba ensopada de sangue. So Paulo: Cia. das Letras, 2012. A descrio, subjetiva ou objetiva, permite ao leitor visualizar o cenrio onde uma ao se desenvolve e os personagens que dela participam. O fragmento do romance caracteriza-se como uma descrio subjetiva porque

Questão 129
2016Português

(ENEM PPL - 2016) ANDRADE, R. Disponvel em: www.jornalcidade.com.br. Acesso em: 7 out. 2015 (adaptado). A charge aborda uma situao do cotidiano de algumas famlias. Nesse sentido, ela tem o objetivo comunicativo de

Questão 130
2016Português

(ENEM PPL - 2016) A palavra e a imagem tm o poder de criar e destruir, de prometer e negar. A publicidade se vale deste recurso lingustico-imagtico como seu principal instrumento. Vende a fico como o real, o normal como algo fantstico; transforma um carro em um smbolo de prestigio social, uma cerveja em uma loira bonita, e um cidado comum num astro ou estrela, bastando to somente utilizar o produto ou servio divulgado. 1Assim, fazer o banal tomar-se o ideal tarefa ordinria da linguagem publicitria. ALMEIDA, W. M. A linguagem publicitria e o estrangeirismo. Lngua Portuguesa, n. 35, jan. 2012. Alguns elementos lingusticos estabelecem relaes entre as diferentes partes do texto. Nesse texto, o vocbulo Assim (ref. 1) tem a funo de

Questão 131
2016Português

(ENEM PPL - 2016) Um menino aprende a ler Minha me sentava-se a coser e retinha-me de livro na mo, ao lado dela, ao p da mquina de costura. O livro tinha numa pgina a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras gradas, destacava-se esta palavra: ESTMAGO. Depois de soletrar es-to-ma-go, pronunciei estomgo. Eu havia pronunciado bem as duas primeiras palavras que li, camelo e dromedrio. Mas estmago, pronunciei estomgo. Minha me, bonita como s pode ser me jovem para filho pequeno, o rosto alvssimo, os cabelos enrolados no pescoo, parou a costura e me fitou de fazer medo: Gilberto!. Estremeci. Estomgo? Leia de novo, soletre. Soletrei, repeti: Estomgo. Foi o diabo. Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse ento, a palavra estmago. A cozinheira, o estribeira, os criados, Bernarda, diziam estambo. Estou com uma dor na boca do estambo..., Meu estambo est tinindo.... Meus pais teriam pronunciado direito na minha presena, mas eu no me lembrava. E criana, como o povo, sempre que pode repele proparoxtono. AMADO, G. Histria da minha infncia. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1958. No trecho, em que o narrador relembra um episdio de sua infncia, revela-se a possibilidade de a lngua se realizar de formas diferentes. Com base no texto, a passagem em que se constata uma marca de variedade lingustica pouco prestigiada :

Questão 132
2016Português

(ENEMPPL - 2016) Naquele tempo eu morava no Calango-Frito e no acreditava em feiticeiros. E o contrassenso mais avultava, porque, j ento, e excluda quanta coisa-e-sousa de ns todos l, e outras cismas corriqueiras tais: sal derramado; padre viajando com a gente no trem; no falar em raio: quando muito, e se o tempo est bom, fasca; nem dizer lepra; s o mal; passo de entrada com o p esquerdo; ave do pescoo pelado; risada renga de suindara; cachorro, bode e galo, pretos; [...] porque, j ento, como ia dizendo, eu poderia confessar, num recenseio aproximado: doze tabus de no uso prprio; oito regrinhas ortodoxas preventivas; vinte pssimos pressgios; dezesseis casos de batida obrigatria na madeira; dez outros exigindo a figa digital napolitana, mas da legtima, ocultando bem a cabea do polegar; e cinco ou seis indicaes de ritual mais complicado; total: setenta e dois noves fora, nada. ROSA, J. G. So Marcos. Sagarana. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1967 (adaptado). Joo Guimares Rosa, nesse fragmento de conto, resgata a cultura popular ao registrar

Questão 133
2016Português

(ENEM PPL - 2016) Escrever A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gnero fofo. Moleza, disse. Primeiro evite esses coloquialismos de fofo e moleza, passe longe das grias ainda no dicionarizadas e de tudo mais que soe mais falado do que escrito. Isto aqui no rdio FM. De vez em quando, aplique uma gria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, ateno, se soar muito estranho, reescreva. Quando quiser aplicar um mas, tome flego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, pea autorizao ao sbio de planto, e, por favor, volte atrs. um cacoete facilitador. Dele deve ter vindo a expresso cheio de mas-mas, ou seja, uma pessoa cheia de no bem assim, uma chata que usa o truque para afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar. SANTOS, J. F. O Globo, 10 jan. 2011 (adaptado). A lngua varia em funo de diferentes fatores. Um deles a situao em que se d a comunicao. Na crnica, ao ser interrogado sobre a arte de escrever, o autor utiliza, em meio linguagem escrita padro, condizente com o contexto,

Questão 134
2016Português

(ENEM PPL - 2016) O passado na tela do computador Um dos desafios do novo Museu da Imigrao se contrapor imagem deixada pela exibio do acervo permanente na poca do Memorial do Imigrante, muito criticada por dar nfase demasiada aos imigrantes estrangeiros e pouca ateno aos brasileiros. Era uma representao desproporcional em relao aos nmeros: dos 3,5 milhes de pessoas que passaram pela hospedaria de imigrantes de So Paulo, aproximadamente 1,9 milho eram estrangeiras (de 75 nacionalidades e etnias) e 1,6 milho eram brasileiras, oriundas, principalmente, dos estados nordestinos. HEBMLLER, P. Problemas brasileiros, n. 414, nov.-dez. 2012 (adaptado). O autor do texto sobre a digitalizao do acervo do novo Museu da Imigrao apresenta a nfase no imigrante estrangeiro como um problema de representao equivocada da imigrao em So Paulo. Para tanto, fundamenta seu ponto de vista no(a)

Questão 135
2016Português

(ENEM PPL -2016) Argumento T legal Eu aceito o argumento Mas no me altere o samba tanto assim Olha que a rapaziada est sentindo a falta De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim Sem preconceito Ou mania de passado Sem querer ficar do lado De quem no quer navegar Faa como o velho marinheiro Que durante o nevoeiro Leva o barco devagar. PAULINHO DA VIOLA. Disponvel em: www.paulinhodaviola.com.br. Acesso em: 6 dez. 2012. Na letra da cano, percebe-se uma interlocuo. A posio do emissor conciliatria entre as tradies do samba e os movimentos inovadores desse ritmo. A estratgia argumentativa de concesso, nesse cenrio, marcada no trecho

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